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O Fenômeno do Boxe na Espanha: Minha Experiência em Primeira Pessoa


Eu vivi esse movimento de forma intensa e em primeira pessoa, como treinador e administrador de dois centros do maior clube de boxe da Espanha. Tenho acompanhado de perto como o esporte tem conquistado novos horizontes, atraindo uma multidão de jovens que antes talvez nunca pensassem em subir num ringue. Muitos desses jovens são influenciadores com milhões de seguidores, e quando abraçam o boxe, trazem consigo verdadeiras legiões de fãs, que passam a ver o esporte com outros olhos.

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Um dos grandes catalisadores desse fenômeno é a “Velada del Año”, produzida pelo streamer Ibai Llanos. Esse evento mistura boxe amador com entretenimento de alto nível e shows musicais, transformando o que antes era uma luta em um espetáculo cultural e digital. A dimensão é impressionante: no evento de ontem, nada menos que 80 mil pessoas lotaram um estádio de futebol para assistir às lutas ao vivo, enquanto milhões acompanharam pela internet.

Para que você entenda a proporção, é algo comparável ao que temos visto no Brasil com o Fight Music Show, mas aqui em uma escala ainda maior — não apenas pela audiência gigantesca, mas pelo impacto direto nas academias, que hoje estão cheias, com estruturas modernas, treinadores qualificados e uma comunicação pensada para acolher esse novo público exigente.

Nós, como clube, percebemos isso claramente: a demanda cresceu, a qualidade do treinamento aumentou e o boxe se tornou um estilo de vida e uma porta de entrada para o esporte entre os jovens. O que estamos vivendo aqui na Espanha é uma prova de que o boxe, quando bem apresentado, pode se reinventar, conectando tradição, mídia e transformação pessoal.

E agora eu deixo uma provocação — especialmente para quem está ligado ao boxe no Brasil, seja como treinador, gestor, comunicador ou atleta:

👉 O que ainda falta para que o Brasil viva um verdadeiro avivamento do boxe?

Não falta talento. Nem paixão. Nem história.Então… será que falta visão? União? Coragem de romper com velhos modelos? Fica o convite à reflexão — e, quem sabe, à ação. Ricardo Serravalle Diretor da UNIBOXE

 
 
 

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